quinta-feira, 14 de março de 2013

Dia da Poesia

14 de Março, Dia da Poesia

Paulo Leminski Filho (Curitiba, 24 de agosto de 1944 — Curitiba, 7 de junho de 1989) foi um escritor, poeta, crítico literário, tradutor e professor brasileiro.
A música estava ligada às obras de Paulo Leminski, uma de suas paixões, proporcionando uma discografia rica e variada.
Morreu em 7 de junho de 1989, em consequência do agravamento de uma cirrose hepática que o acompanhou por vários anos.



Com carinho da cápsula,
Leminsk







quarta-feira, 13 de março de 2013

Janelas de Clara

Clara, 
a moça da janela,
quase sempre contemplando 
a sua espera

{carla kassis}
Março de 2013

Som

O meu desafio é andar sozinho
Esperar no tempo os nossos destinos
Não olhar pra trás, esperar a paz
O que me traz
A ausência do seu olhar



João de Barro

Lições

Lição número 01
- Amar - 

Lição número 02
- Perdoar - 

Lição número (...)
- Esperar - 

(...)

Obs: Não esqueça de viver

{carla kassis}
Março de 2013

Bagagem

Clara levou tudo de si,
todo o amor,
toda dúvida,
suas ansiedades,
a esperança
de tê-lo
ainda vivo

(...)

Clara voltou com sua bagagem,
sem dúvidas,
sem ansiedade
e com a certeza
de que não havia mais nada ali,
nada que ela pudesse levar

Só aquela agonia,
que ela levou em dobro

{carla kassis}
Março de 2013

sexta-feira, 8 de março de 2013

O porto e a Clara

- Que dia você vai ancorar por aqui?

Essa era a frase que Clara mais ouvia durante aquelas longas conversas.
No dia em que chegou ao porto,
não viu ninguém,

Eram apenas palavras
ao vento. 



carla kassis
{março de 2013}

Uma história sobre Lúcia


Lúcia acordou cedo. O sol mal despontou, e ela já estava organizando papéis e pastas para encarar o dia. Uma xícara velha sobre a mesa e pão dormido. 

Ela tomava o café enquanto os minutos corriam naquela manhã silenciosa. Refletia sobre a jornada que teria. Tomava goles secos. Um olhar vazio. Pensou em cada “não” que receberia. Juntou a papelada. Pegou a primeira condução e saiu. 

O olhar de Lúcia diante das pessoas era desesperador. Nas mãos a foto do irmão debilitado no leito do hospital. Da família que mal conheceu, só restara este. Sem trabalho, a mulher caminha por entre as ruas quase sempre abarrotada, e conversa com um e com outro. 

Ela repetia a história inúmeras vezes. Entre uma abordagem e outra, moedas, o sim, o não e os olhares frios. O dia chegava ao fim e as lágrimas de Lúcia também. Voltava pra casa apertada no meio do ônibus. 

A foto do irmão suava nas mãos dela, quase como um amuleto. Lúcia vai descendo a ladeira em passos lentos. Duas mulheres a esperam a porta de sua casa. Janaína e Francisca bateram o portão do casebre e entraram com a mulher em silêncio.

Sentadas junto à mesa velha e suja jogaram seus papeis por cima. Cada uma pegou seu saco de moedas e organizadamente separavam o que arrecadaram no dia. Era um momento sagrado a divisão do lucro.

Lúcia ascendeu um cigarro, jogou a foto fora e pensou na próxima história para o dia seguinte.





Carla Kassis
{novembro de 2011}

-coisas que vemos nela -

Há um ser especial,
uma caixinha de música,
um som de paz

Calmaria, suavidade
risos, lágrimas e mãos dadas
recordações, desejos

Há um ser especial,
uma menina,
uma mulher


dedicado para Elen Cris

Carla Kassis
{outubro de 2011}

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e inevitável não tê-la por perto,
nos surpreendemos quando ela chega,
ficamos ainda mais estáticos quando ela demora aparecer,
causa arrepios,
a mudança é algo que nos amadurece,
sempre.


carla kassis
{Fevereiro de 2012}

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A luta é vã 
quando nos 
perdermos 
de nós
mesmos.

{carla kassis}
Março de 2013

pedaços

há um propósito em toda dor?
eu espero que sim

...